terça-feira, 1 de julho de 2008

Produções: multimídias e seminários temáticos:

Depois de apresentadas às oficinas, foi a nossa vez de produzir, as equipes se articularam para montar os roteiros de criação das multimídias, já com os temas definidos começamos o trabalho fundamentado teoricamente e utilizando a criatividade. Foi uma experiência vivida por cada um de nós muito gratificante, pois trabalhamos de maneira coletiva, participativa. O interessante foi poder trabalhar em grupo e a distancia, ou seja, a comunicação foi feita através da rede. Concluída esta etapa, começamos a produção dos seminários. Também trabalhamos com temas relacionados às nossas multimídias, porém, essa apresentação de maneira interativa, exigiu a participação de todos. Isto é, a equipe responsável por cada tema buscava problemática acerca do tema apresentado e levava para a turma. Assim foi a interação, onde alunos e professores apresentavam questionamentos, contribuíram com informações, opinavam, levantando discussões instigadoras e informativas durante todas as apresentações dos seminários.
Seminário de impresso e educação:
A equipe mostrou um breve histórico da imprensa. Os temas apresentados, como p. ex. preconceitos raciais gerou discussão em torno do preconceito dos impressos nos livros didáticos, sendo este um material de base para a educação pública. Essa reflexão nos possibilitar refletir a práxis pedagógica. A equipe, também, apresentou trabalhos de produções feitos por alunos. Foram trabalhos de impresso com jornal, livros, gibis, historias em quadrinhos. Essa contribuição fez nos percebermos que é possível alfabetizar crianças de maneira prazerosa. Outro tema interessante foi o livro virtual e livro eletrônico. Como é fazer leitura por prazer, para estudar, a leitura no virtual favorecerá esvaziamento das bibliotecas?
Seminário de internet e educação:

Tema muito bom, pois faz parte do contexto atual. A equipe mostrou como surgiu a internet no Brasil, atendendo aos interesses militares. Porem, a conexão em rede foi se evoluindo e hoje, se vive à era da informatização, então, necessário se faz políticas publicas que favoreçam a implementação das tecnologias para a educação. Pois esta nova forma de vivencias exige formação de profissionais e contribui para o conhecimento em cooperação, o que favorecerá a construção do saber, ao contrario da reprodução do conhecimento trabalhado nas escolas tradicionais. Outro aspecto bastante pertinente é a questão da educação a distancia, tema polemico que aprofundou a analise sobre a maneira como vem sendo trabalhada essa modalidade de educação. É percebido, como a educação virou comercio, atendendo aos interesses do capitalismo. Mas entender que a educação à distancia é imprescindível, principalmente em nosso país, geograficamente grande, com irregularidades de desenvolvimento e escolarização, faz se necessário, uma vez que essa é uma maneira de levar educação as pessoas, mas sendo usada de maneira que desenvolva o conhecimento e não a reprodução do mesmo.

Seminário de rádio e educação:

Nossa apresentação (eu e Carla).
Procuramos à interação das pessoas através de perguntas como: qual a relação do radio e educação? Foi apresentado o surgimento do rádio no mundo e no Brasil, em 1923. Os tipos de radio e como ele favorece a educação. Então, por ser meio de comunicação de fácil acesso, ao longo de sua historia foram implantados projetos para a educação e a descontinuidade dos mesmos, atentando sempre aos interesses da elite hegemônica. Mas a discussão gerada na apresentação, provocou nas pessoas o entendimento da possibilidade de fazer educação através do radio, principalmente para as pessoas que tem difícil acesso a educação. Das varias rádios que existem, a rádio comunitaria, rádio educativa e web se destacaram por possuirem caráter mais voltado a educação. A exemplo de radio webs, mostramos a radio faced. Apresentamos um vídeo do site: http://br.youtube.com/watch?v=r1FwKDTEgm4&feature=related, como se faz uma rádio desta. Enfim, foi bem legal essa apresentação, pois o radio é um meio de comunicação mais antigo que a televisão e favorece acesso para a educação, embora culturalmente existe a subutilização para atender este aspecto. até muitos dos próprios professores desacreditam da sua potencialidade para promover a educação.

Seminário de tv e vídeo e educação:

A televisão é um dos meios de comunicação mais utilizada entre as pessoas, sejam em qualquer nível econômico. Esse tema, também é muito polemico, porque envolve interesses diversificados. É um meio com grande potencial, mas seu uso é visto de forma manipulável. São poucos os programas educativos oferecidos. Mas, o que gerou discussão foi a chegada da tv digital, onde oferece interatividade. Mas de acordo com o governo, a tv oferecerá qualidade de imagem e som. Onde fica a interatividade, neste caso? Sendo que interatividade da idéia de movimento de cooperação, poder opinar e modificar.
A produção do vídeo foi mostrada a robótica educativa. Por ser ainda nova a temática, ainda causa certa estranheza, mas da maneira que foi apresentado pela equipe, podemos entender a relação robô e educação, através das sucatas eletrônicas é possível fazer protótipos e robôs. O mais interessante, foi perceber a utilização do software livre nesta construção da robótica, por apresentar as quatro liberdades e ser mais barato favorecendo, principalmente as escolas públicas. Essa relação robótica e educação desenvolvem a construção colaborativa e cognitiva das crianças no processo de desenvolvimento escolar.

A forma que trabalhamos os conteúdos e metodologias da disciplina EDC 287 Educação e Tecnologias contemporâneas nos possibilitou amadurecimento e reflexão sobre as TIC na educação, sua importância e possibilidades de produção do conhecimento. Finalizo minha reflexão com a citação de Gilberto Gil: “O que está implicado aqui é que o uso da tecnologia digital muda os comportamentos.
O uso pleno da internet e do software livre cria fantásticas possibilidades de
democratizar os acessos à informação e ao conhecimento: maximizar os potenciais
dos bens e serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório
comum e, portanto, a nossa cultura e potencializar a produção cultural, criando, até,
novas formas de arte. A tecnologia sempre foi instrumento de inclusão social, mas,
agora, adquire novo contorno, não mais como incorporação ao mercado, mas como
incorporação à cidadania e ao mercado, garantindo o acesso à informação e
barateando os custos dos meios de produção multimídia através das novas ferramentas
que ampliam o potencial crítico do cidadão. Somos cidadãos e consumidores,
emissores e receptores de saber e informação, seres, ao mesmo tempo, autônomos e
conectados em redes, que são a nova forma de coletividade”. Achei essa citada muito parecida com as reflexões, por isso quis finalizar concordando com Gil, sobre o uso das tecnologias dos software livre favorecendo a inclusão social.

Oficinas multimidias:

As oficinas de multimídias possibilitaram a produção das mesmas. Trabalhamos os seguintes temas: rádio e educação, internet e educação, TV/ vídeo e educação, impressos e educação. As oficinas começaram dia 07/04, mostrando como se faz cada produção respectivamente, de acordo com as necessidades exigidas por cada ambiente em discussão.

OFICINA DE RADIO:
Esta oficina foi realizada na rádio faced, pela monitora Jéssica. A radio faced usa software livre. Através do programa audacity, seguindo alguns procedimentos para edição, equalização, entre outros, pudemos perceber como é fácil produzir uma vinheta e depois publica-la. Com a rádio web é possível que qualquer pessoa com acesso a internet, o programa citado instalado e um rade-fone, microfone, faça suas produções e divulguem. Essa oficina possibilitou a nossa produção de multimídia, minha equipe trabalhou com a temática rádio e educação. Então, montamos uma vinheta com o tema: governo e políticas públicas. Nesta produção criticamos o acordo do governo estadual Jacques Wagner com a Microsoft. O estudo para esse trabalho juntamente com o seminário apresentado pela nossa equipe (eu e Carla) pode despertar e ampliar o conhecimento que se faz educação através do rádio. Utilizando as diversas maneiras de exploração deste ambiente tecnológico.

OFICINA DE EDICAÇÃO DE IMAGEM:
Esta oficina foi feita através do programa inkscape, apresentado pela monitora Luciana. Pudemos perceber as diferentes formas de trabalhar numa edição de imagens, criar, colar, recriar da maneira e interesse de quem está produzindo o trabalho. Pra nossa formação de Professores, trabalhar com essa temática, favoreceu nosso conhecimento e despertou a curiosidade.
OFICINA DE EDIÇÃO DE VIDEO:
A oficina de vídeo foi mais complicada. O monitor Washington mostrou como se produz um vídeo, as edições, programações. Ele utilizou o programa kino,

OFICINA DE EDIÇÃO DE PÁGINAS WEB – TWIKI:
Essa oficina apresentada pela professora Bonilla, nos mostrou mais um ambiente e possibilidade de divulgar os trabalhos produzidos. Isto é, através da pagina web- twiki, nossas produções serão postadas. A oficina foi mais uma contribuição para nosso aprendizado e contribuiu para fortalecer o uso das tecnologias da informação para a educação.

Analisando todas as oficinas e através das produções apresentadas pelas equipes com seus respectivos temas possibilitou o entendimento das TIC para a educação. A conexão das redes está presente, faz parte do contexto histórico, então, vê-se a necessidade da escola adequar a essa realidade. Portanto, as mudanças nos processos de ensino-aprendizagem exigem formação de profissionais para utilização dos velhos “adaptados” aos novos ambientes de trabalho na educação.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Rádio analógico e web para a educação e as intenções das políticas públicas.

RESUMO
Esse trabalho apresenta o rádio como meio de comunicação, sua importância para educação, especialmente a contribuição dos projetos “Movimento de Educação de Base” e “Minerva”, e as políticas públicas voltadas para a sua utilização. Também analisa a junção do rádio com a web, o que favorece maior difusão planetária e contribui para a construção do conhecimento.

PALAVRAS-CHAVES: educação, rádio, políticas públicas.

INTRODUÇÃO
O rádio é um meio de comunicação com bom potencial, que garante a informação das pessoas aonde quer que elas estejam. O aparelho pode ser pequeno, a pilha, podendo ser transportado com facilidade. Ele se adapta à vida das pessoas sem muitas exigências. Pode ser levado na mala, no bolso, no pescoço, no carro. A transmissão do sistema brasileiro de rádio possibilita a rede chegar aos mais distantes lugares do Brasil. Geralmente, os programas são variados para satisfazer todo e qualquer tipo de ouvinte. A linguagem é simples, dinâmica e direta, sendo considerado um meio de comunicação unidirecional. Porém, é subutilizado quando se trata de programas formais para a educação.

Educação através do rádio
Desde o surgimento da radiodifusão no Brasil, até os dias atuais, observa-se a grande potencialidade do rádio, por isso, esse meio de comunicação sempre se mostrou favorável ao processo educativo. Ao analisar os programas educacionais implantados, desde a origem do rádio, percebe-se os benefícios e a descontinuidade dos programas de acordo com cada momento e interesse político.
Em 1923, quando o antropólogo Edgard Roquete Pinto instala a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a finalidade é cultural, educativa e altruísta, ou seja, o sentimento alheio era visto acima do próprio interesse. Nota-se aí os primeiros passos para a difusão da informação. As primeiras transformações na política do rádio surgem na década de 30, com a introdução de comerciais nos programas. Antes disso, o uso de propagandas era proibido. A partir de 30 modifica-se a estrutura, tornando o rádio mais popular, pois começa a contratação de artistas e produtores, a competição e desenvolvimento técnico, o que dá status à emissora (ibope) e popularidade ao veículo. "O impacto do rádio sobre a sociedade brasileira, nesta época, foi muito mais profundo do que aquele que a televisão viria a produzir 30 anos depois." (MARANDA, 1980, p.72).
O Brasil apresenta distribuições geográficas variadas, onde umas regiões são menos desenvolvidas que outras, possuindo alto índice de analfabetismo. A partir do momento da descoberta do rádio foram surgindo pessoas interessadas em disseminar a educação aos analfabetos. Em 1946, o professor João Ribas da Costa desenvolveu o Plano de Educação Fundamental pelo Rádio, idéia que não foi aceita pelo governo da época com a justificativa de que seria impossível alfabetizar a população pelo rádio. Na época, o pensamento educacional hegemônico defendia o contato direto entre educador e educando, sendo este considerado como indispensável no processo de ensino-aprendizagem. O bispo Dom Eugênio Sales também percebeu a importância do rádio na educação, denominando-o de "arma poderosíssima" (SALES, 2005, p. 2), pois acreditava que era possível adaptar o método das escolas radiofônicas da Colômbia à realidade rural existente no Rio Grande do Norte. Então, ele inaugura a Emissora de Educação Rural de Natal em agosto de 1958. Para Sales (2005, p.2) a rádio nascia com a missão de "educar, conscientizar e evangelizar".
A experiência radiofônica para educação que ganhou proporção e mobilização foi o Movimento de Educação de Base. O MEB surge no Brasil em 1961, a partir da experiência das Escolas Radiofônicas, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O trabalho do MEB procurava formar a pessoa dentro do seu mundo próprio, da cultura por ela criada, dos valores dessa cultura, mostrando-lhe a possibilidade de escolha dos princípios mais adequados à sua realização. Segundo, Fonseca e Cruz (2007, GT) “os fundadores do movimento acreditavam que as pessoas conscientes criavam possibilidades de tomada de consciência em relação a problemas e situações comuns vividos pelos diferentes sujeitos sociais”. O movimento se expande pelo Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o sucesso leva o presidente Jânio Quadros, em 21 de março 1961, pelo Decreto 50.370, a assinar um convênio entre a CNBB e o Ministério de Educação, transformando as Escolas Radiofônicas no Movimento de Educação de Base. Porém, em 1963, quando o programa alcança sua maior expansão, o Brasil vive o momento de repressão, se transformando num regime excludente de participação. Depois de 1964, “o governo ditatorial via com dúvidas a ação do MEB passando a contribuir para a queda da prática questionadora e de suas características de educação popular” (FONSECA; CRUZ, 2007). A partir de 1965, ele entra em declínio, em razão da diminuição das verbas governamentais.
Em 1970 nasce o Projeto Minerva no Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação e Cultura. Do ponto de vista legal, foi ao ar tendo como escopo um decreto presidencial e uma portaria interministerial, de nº. 408/70, que determinava a transmissão de programação educativa em caráter obrigatório, por todas as emissoras de rádio do país. “O objetivo maior do projeto atendia à Lei nº5. 692/71, que dava ênfase à educação de adultos” (SABACK, et al, 1998). O parecer nº 699/72 determinava a extensão desse ensino, definindo claramente as funções básicas do ensino supletivo: suplência, suprimento, qualificação e aprendizagem.
O rádio, mais uma vez, foi escolhido por ter custo mais baixo, no que se referia a aquisição e manutenção de aparelhos receptores e a familiaridade das pessoas com ele. Não muito diferente do projeto Meb, o objetivo era levar a educação para jovens e adultos, em especial da zona rural. Para Saback, et al (1998, GT), a estrutura e forma de condução do Minerva foram através dos rádiospostos que funcionavam em escolas, quartéis, clubes, igrejas e outros locais. Com a seguinte estrutura recepção organizada – cerca de 30 a 50 alunos se reuniam nos radiopostos, sob a liderança de um monitor, para ouvir a transmissão das aulas; recepção controlada – os alunos recebiam isoladamente a transmissão dos cursos, reuniam-se semanal ou quinzenalmente sob a orientação do monitor; recepção isolada – os alunos recebiam emissões em suas casas.
Descrever esses dois programas educativos radiofônicos fez-se necessário frente à atuação das políticas públicas no processo de incorporação dessa tecnologia. A educação no Brasil sempre foi visto como processo de estratégia e intervenção ligadas aos interesses de uma classe hegemônica, minoritária. Daí entende-se porque as políticas públicas são sempre voltadas para uma formação ligeira das pessoas e porque há descontinuidade dos programas educacionais de maneira geral. Atualmente, o MEC apresenta o Programa Rádio Escola, que desenvolve ações que utilizam a linguagem radiofônica para o aprimoramento pedagógico de comunidades escolares, o desenvolvimento de protagonismos dos cidadãos e o treinamento de grupos profissionais. O governo entende que:
O salto tecnológico tem causado profundas modificações culturais
e pode efetivamente trazer melhorias sociais, sobretudo quando se
ampliarem às oportunidades de apreensão do saber através das
variadas mídias existentes. Na área educacional, essas novas
tecnologias potencializam as mais antigas, integrando-se a elas e
proporcionando uma democratização da produção e recepção do
conhecimento e das informações (informações aqui entendidas
como patrimônio público, de acesso aberto a todo o povo rasileiro).
A interatividade cada vez maior dos meios de comunicação exige o
desenvolvimento de habilidades específicas nos que dela fazem uso.
Caso contrário aparecerá uma nova forma de exclusão social: o
analfabetismo dos meios de comunicação. (SEED, 2008)
No entanto, analisando esse programa, a intenção de transmissão do conhecimento é bem explícita, quando apresenta um programa com pacotes fechados, prontos para serem absorvidos e transmitidos apenas, ou seja, a intenção é a reprodução. Mais uma vez a política pública limita toda a possibilidade de construção do conhecimento através das tecnologias da informação.

Rádio-web favorecendo a educação
A fusão das tecnologias está voltada ao contexto da internet. Da relação rádio e internet nasce à rádio Web. O rádio ganha mais uma aliada para sua difusão, e agora, com poder de conexão facilita maior acesso favorecendo mais uma vez, a possibilidade das pessoas terem acesso à educação. A internet, diferentemente do rádio, com mais velocidade em redes, atende as dimensões globais. A Web supera as limitações tradicionais do rádio de comunicação por transmissão unidirecional e sem interação. O Web-rádio é um instrumento simples e pode ser usado pelos alunos para produzirem programas, com base em suas pesquisas, criarem vinhetas, o que leva o conhecimento para além dos muros da escola. Como metodologia, estimula a criatividade, o trabalho em grupo e a efetiva relação entre teoria e prática. As pautas são construídas de forma coletiva e, neste exercício, a construção dialógica é uma relação fundamental do processo. Ressalta-se ser um ambiente de baixo custo, onde a produção pode ser por qualquer pessoa, e a partir de um sistema de transmissor ou de sua interação à internet, é possível interagir nas aulas de forma instantânea, podendo atingir grandes contingentes de pessoas dispersas geograficamente.
De acordo com as mudanças históricas, vão surgindo projetos que favorecem a educação. Hoje, tem-se o grande invento das tecnologias da informação e comunição (TIC); no entanto, “se não tivermos políticas que considerem isso prioritário, o que teremos é a manutenção do mesmo sistema centralizado só que, agora, com significativo aumento de custos de manutenção das escolas uma vez que elas estarão equipadas com estas tecnologias” (BONILLA e PRETTO, 1999:26). Fundamental estar atento as TIC nas escolas, uma vez que elas oferecem potencial de desenvolvimento e construção do saber.

CONCLUSÃO:
Esse estudo possibilitou entender as possibilidades do rádio para a educação. O rádio analógico de fácil acesso penetra nas localidades de difícil acesso, onde hoje, a internet ainda não se instalou por falta de recursos financeiros. Porém, a radio web chega com força total, favorecendo a interação do conhecimento, de maneira heterogênea e cooperada. Portanto, remeto-me mais uma vez às intenções do governo atual, tanto na esfera federal como estadual, em promover políticas públicas para o uso das tecnologias da informação na educação.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BONILLA, Maria Helena Silveira; PRETTO, Nelson De Luca. Políticas de educação e informática. Disponível em: www.faced.ufba.br/~bonilla/politicas.htm Acesso em: 02 maio 2008.

FONSECA, Aidil Brites Guimarães; Cruz, Adriano Charles da Silva. Uma onda de educação: o Rádio no MEB. IX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Nordeste, 2007 – Salvador – BA. Anais: Intercom. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2007/resumos/R0648-1.pdf- Acesso em: 25 maio 2008.

MIRANDA, Orlando. A Era do Rádio: Nosso Século. Abril Cultural, v.5 n.º7, p.72, São Paulo, 1980.

SABACK, Maria Angela de Merícia Correia; et al. Educação a distancia via rádio: exemplos históricos e atuais. Disponível em: Acesso em: 25 maio 2008

SALES, Eugênio de Araújo. Correspondência enviada a Aidil Brites Guimarães Fonseca. Rio de Janeiro, 03, outubro, 2005. Carta.
Disponível em http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2007/resumo/R0648-1.pdf- Acesso em: 25 maio 2008.

SEED - Secretaria da educação à distância. Programa: Rádio escola - Mec Disponível <http://portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=155&Itemid> Acesso em: 15 maio 2008

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O computador na sala de aula

Uso das tecnologias digitais hoje em dia, no processo educativo é fundamental para o processo de construção da meninada. A escola atualmente, como diz Bonila “a escola aprendente” necessita abrir suas portas para o novo contexto da história, a era da tecnologia da informação. No processo de aprendizagem, construção e transformação, o aluno e professor juntos interagem na produção do saber. O objetivo a alcançar é muito mais que reproduzir e memorizar conhecimento. Para SILVA, 2000:14 Pensar na educação de forma hipertextual é pensar de forma interativa onde a comunicação entre professor e aluno acontece bidirecionalmente e não apenas na transmissão de informações através de um único emissor. Fazer uso das tecnologias na escola implica processo de mudanças estruturais: implantar laboratórios de informática com computadores ligados em rede, (usando softwares que promovam cooperação e barateiam os custos orçamentários) e formação de profissionais. Essa duas mudanças são fundamentais neste processo, para isto a implementação de política pública faz se necessário. Compreender que a internet é complexa e cria possibilidade de interação de diferentes culturas, saberes, costumes é que faz o diferencial neste processo de construção de conhecimento. Os espaços que são oferecidos na internet são tão diversificados que a curiosidade é aguçada todo o tempo. O computador conectado permite visualização, audição, leitura e escrita favorecendo a criação de vídeos e franzino, edição de vinhetas para rádio. É possível criar os próprios espaços da turma, utilizando programas gratuitos disponíveis na Internet e que permitem construção de páginas, gifs animados, formulários, além de lista de discussão, e páginas de bate-papo. São alguns exemplos de possibilidades que a comunidade escolar tem para promover interação e criar momentos de socialização de saberes. Então, o professor deve ser o mediador, utilizando as diferentes maneiras de trabalhar o computador na sala de aula estimulando os alunos para a produção, não restringindo apenas a navegação e copias de tarefas diárias.

Deixar o menino jogar ou não?

Trabalhar os jogos simbólicos e lúdicos desperta a inteligência e a aprendizagem. Essa temática é muito defendida no processo de desenvolvimento cognitivo da criança. Segundo Steven Johnson os jogos têm potencial intelectual e são estimuladores como forma de estratégias elaborada na solução de problemas. Mas existe uma polemica no ciberespaço analisando essa temática e vendo a apropriação do computador pela criança cria se a duvida deixar ou não jogar no computador? O jogo estimula a violência? A criança que fica muitas horas jogando tem aproveitamento ruim na escola? Para Steven Johnson os jogos no computador são diferentes maneiras de desenvolvimento cognitivo, ele cita o estudo de matemática, por exemplo, ao longo da educação básica é exercício complexo e poucos alunos utilizarao em suas vidas depois dos estudos, mas são aplicados porque estimulam a memória. Assim, são os jogos na rede, através de um software livre, onde a participação das diferentes pessoas em desenvolver soluções para os problemas de diferentes jogos. Então, ver essa nova forma de desenvolver potencialidades cognitivas é uma questão cultural. As idéias preconcebidas interferem na aceitação, pelos pais principalmente, desse real, atual e virtual processo de desenvolvimento intelectual. Cabe aos pais selecionar os jogos adequados às idades da criança, assim como conteúdos, combinar horários para uso do computador, assim como para fazer dever de casa e outras coisas mais. Quanto à sala de aula, a idéia de professor palestrante, detentor do saber não atrai mais a atenção da criançada. O professor deve criar um espaço onde a turma seja estimulada a desenvolver e buscar o conhecimento através de produções, sempre na interação professor orientando, questionando junto com os alunos.

domingo, 13 de abril de 2008

Inclusão Digital (Infoinclusão)

Segundo o PANORAMA BRASILEIRO DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E SOCIEDADE, “Inclusão digital é o “processo de alfabetização tecnológica e acesso a recursos tecnológicos, no qual estão inclusas as iniciativas para a divulgação da Sociedade da Informação entre as clas­ses menos favorecidas, impulsionadas tanto pelo governo como por iniciativas de caráter não governamental”.”
Entender a inclusão digital diferentemente do proposto pelo panorama citado, é imprescindível para promover de fato a inclusão digital e social do cidadão, a formação do professor para essa iniciativa inclusiva, torna-se necessária, uma vez que o discente é o provocador, mediador da construção do conhecimento. Então, como é que apenas sendo alfabetizado digitalmente, esse educador irá contribuir com o conhecimento exigido na contemporaneidade? Se o modelo hegemônico, capitalista vende sua idéia de inclusão digital apenas como “navegante’ deste sistema. E a política publica pouco favorece o acesso e conhecimento dessa inclusão, entender, portanto que o momento é favorável para a penetração no sistema e uma vez instituído, modificar-lo, ou seja, o professor é dono do seu espaço de aula. Cabe a ele transmitir, reproduzir e ou construir conhecimento.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Software livre

O avanço das tecnologias contribuiu para mudanças significativas no atual contexto histórico. A contemporaneidade exige interação com essas tecnologias, o computador, mais precisamente a internet. Assim, essa transição ao complexo (e muito questionado) sistema da informação, cria uma expectativa animadora a seu favor. Para isso, tentar entender essa complexidade torna-se relevante para melhor uso e aproveitamento da rede de navegação.
Farei algumas considerações a cerca da temática software livre
Os softwares são programações de linguagem codificadas. Existem o código fonte e o binário. O código fonte é inteligível pelo homem passa pelo processo compilação, então, depois dessa modificação somente à máquina fará a leitura pelo código binário.
O software livre recebe os dois códigos, onde podem ser feitas modificações no código fonte, permitindo a liberdade de uso, estudo, alteração e (re )distribuição, agora sim, esse e um programa livre. Enquanto que o software proprietário restringe a leitura do código fonte. Com a boa perspectiva do avanço tecnológico, o mercado capitalista abraça essa idéia, então esconde o segredo dos códigos fontes, passando a vender os software, mas sem os códigos fontes. Para se ter acesso a esse software, somente através da licença copyright © e com valor caro. Ficando assim, comercializado esse novo conhecimento de informação. Vale lembrar que todos os softwares são licenciados, mas a forma de contrato é diferente, no software livre, o direito a copia é feito pelo copyleft, podendo usar as quatro liberdades, também, existe o creative commons muito difundido pelo mundo artístico. Não esquecendo do programa gerador do software livre, o GNU GPL, onde sua licença era que a pessoa que usufruísse desses direitos passasse para outras pessoas os mesmos direitos dos quais usufruiu. Esse programa surgiu a partir de reações pequenas de hackers, (são pessoa comprometidas, defensoras da cooperação e disseminação do conhecimento), ao comercio do saber.

A temática sobre software livre é instigadora, pois desperta o interesse sobre seu uso. Por apresentar uma melhor qualidade e segurança torna-se adaptável as necessidades humanas. Ao fazer uso do software livre, compartilhamos com a construção do saber coletivo e a quebra do monopólio do software proprietário.
Soft é um conjunto de idéias de conhecimentos. Assim, "Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e trocarmos estas maçãs, então eu e você teremos ainda apenas uma maça. Mas se eu tenho uma idéia e você tem uma idéia, e trocarmos nossas idéias, então cada um de nós terá duas idéias” George B. Shaw. Partindo dessa reflexão, perceber a construção do conhecimento de forma coletiva, faz nos pensarmos em possilibilidades e amplitude do mesmo.